Sem Rascunho

Qual a utilidade prática de uma gravata? O Jornal da Globo exibiu, na sua edição de segunda feira (16), um vídeo em que Jim Yong aparecia dançando, imitando Michael Jackson. No que parecia ser uma boate, o futuro dirigente do Banco Mundial brilhava no piscar das luzes. Achei engraçado! Mas pode alguém que ocupará um cargo tão importante se comportar assim? O muxoxo de William Vaack disse que não! Eu digo que uns rebolados descontraídos não irão tirar a competência de alguém como Jim, um médico sul-coreano, pai de dois filhos e reitor da universidade de Darthmouth. Doutor em antropologia pela universidade de Harvard. Especialista em saúde pública cujo nome já esteve entre os 100 mais influentes do mundo. Aliás, pra que serve mesmo uma gravata?

São irracionais, as emoções humanas. No domingo passado, assisti na tv uma comemoração emocionante. Vi sorrisos banhados em lágrimas, pessoas eufóricas rolando num gramado, abraços entre homens que deixavam marcas nos seus troncos nus. Deduzi: é a decisão de algum campeonato esportivo bem competitivo. Descobri que era o Botafogo de Ribeirão Preto que conseguira escapar do rebaixamento para a segunda divisão do campeonato estadual de futebol de São Paulo. Agora aguardo a decisão pra ver se a comemoração do campeão será maior ou a diferença estará somente num simbólico troféu. Acredito que será igual ou menor. Isso me faz crer que todos os outros times que permaneceram na atual divisão, ate o vice campeão, não sentirão as emoções que sentiram os jogadores, torcedores e dirigentes do quase rebaixado Botafogo. São impressionantes as emoções humanas!